DOIDIÁRIO - Diário de duas doidas

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Local: Paraná, Brazil

Somos duas amigas doidas que resolvemos criar um blog. Amigas desde a adolescência, separadas fisicamente, mas unidas pra sempre em nossas lembranças, emoções e agora virtualmente.

07 dezembro, 2006

VOCÊ


Minha outra parte;
O pedaço de mim que eu nunca conseguirei ser.
Minha parte quieta, parte calma, parte “normal”;
Minha “partezinha” menino .....
Você é o complemento da minha vida, tudo o que eu preciso para ser feliz.
Você ...
Embora um complemento, é a parte de mim que mais amo!

Escrevi isso por volta do ano de 1992, 1993, pensando no meu marido, na época namorado, no início do namoro.

Nancy já foi sinônimo de batata e manteiga de cacau!


Apelido é algo que sempre aparece, querendo o apelidado ou não, ah, e se não gostar, aí sim que pega e todo mundo chama só de sacanagem.

Acho que foi por isso que meus apelidos nunca duraram muito tempo, eu sempre gostei deles, daí o povo chamava, eu atendia e perdia a graça.
Bom, mas vamos parar de “lero-lero” e contar a todos quais foram os apelidos mais marcantes.

O primeiro que me lembro é de “baixinha”, bastante óbvio, nasceu em virtude de sempre ser uma das menores da sala, ainda tive namorados que me chamavam carinhosamente por ele, e eu, é claro, atendia.

Imaginem, sempre convivi com adultos, filha mais nova em uma casa com cinco irmãos, sendo que a irmã que vem logo antes de mim é 08 anos mais velha, então sempre estive rodeada de pessoas mais velhas, conversas mais adultas, isso foi bom e ruim ao mesmo tempo, pois acabei amadurecendo mais cedo, eu acho.

Bem, sendo assim, sempre gostei de ter amigos mais velhos, quando eu tinha meus 08, 09 anos me achava a mais adolescente de todas as adolescentes, pois minhas amigas tinham 14, 15 anos.

A amizade funcionava assim: como meu pai tinha carro na época e o pai dessas minhas amigas não tinha, então elas me permitiam participar das conversas delas, ouvir os segredos, saber dos amores, desde que quando meu pai chegasse, eu pedisse a ele para dar uma voltinha de carro conosco. Vocês acreditam?
Pois era assim.

Em uma ocasião, saí com elas para ir à Festa Junina Municipal, chagando lá, nos instalamos em uma barraca e pedimos 03 pratos de batatas fritas, porém antes mesmo que o quitute chegasse à mesa, elas saíram para encontrar alguns paqueras e claro que me deixaram plantada na mesa esperando as benditas batatas.

Elas só não contavam que eu era, ou melhor, sou apaixonada por batatas fritas dessas de festas, então quando elas chegaram, de mãozinhas dadas com seus amores, prontas para saborear o prato, viram que não havia mais nada, eu tinha ficado tanto tempo esperando que devorei, sozinha, três pratos de batata frita.

Adivinhem qual foi o apelido que me deram??????
Batatinha, é claro.

E esse me acompanhou até a minha adolescência e eu adorava.

Bem, outra episódio que me rendeu um “belo” apelido foi quando eu tinha 15 anos e estava ficando com um rapaz mais velho, ele deveria ter uns 23 na época, daí, eu toda empolgada, só falava nele, só pensava nele, era muito bom.

Ele me tratava bem, era carinhoso, diferente dos “pirralhos” da minha idade, eu adorava.

Certo dia combinamos de sair, me produzi toda e nessa idade eu adorava usar batom vermelho, mas beeeeeemmmmmmm vermelho, minha mãe dizia que a boca ficava parecendo um trenzinho e eu dizia que era batom “vem cá minha p........”, pois na maior ingenuidade, foi esse que eu passei para o encontro.

Saímos e nos beijamos muuuuuiiiiiitoooooo por esses escuros das ruas de Ibiporã, pois não ficávamos publicamente, porém após muito romance ele me deixa em um determinado lugar que eu não lembro qual foi, talvez na casa da Karol, sei lá, mas me deixou e foi para a Festa Junina (de novo a Festa Junina), chegando lá encontrou com um amigo nosso, que já desconfiava que nós ficávamos, mas quando eles foram conversar, esse nosso amigo observou que ele estava todo manchado de batom (vermelho) e lançou a pergunta: - O que aconteceu que sua boca está toda vermelha?
E recebeu a seguinte resposta do meu ficante: - Ah, estou com os lábios rachados e passei manteiga de cacau.
Nosso amigo não ficou convencido, mas ficou na dele, só que meu amado não contava que eu também daria uma passadinha pela festa, mas eu fui e para fazer graça fui conversar com eles, como se nada tivesse ocorrido entre nós, porém quando lá cheguei, toda manchada de batom também, mas sem saber, o nosso amigo vira para mim e me diz: - Oi, manteiguinha!

Na hora não entendi, mas fiquei na minha, só depois ele me contou da desculpa da manteiga de cacau, que caiu por água abaixo assim que eu cheguei toda borrada de batom, assim como ele.

Nossa, por muuito tempo escutei desse nosso amigo o apelido de “manteiguinha”.

Ah, fases boas da vida, que não voltam mais.

Se eu soubesse que passaria tão rapidamente, teria congelado um milhão de bons momentos para tirar do freezer sempre que tivesse saudade .......................

“Tudo passa, tudo passará
E até lá, vamos viver
Temos muitas coisas por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora” Renato Russo

04 dezembro, 2006


Quando eu estudava no Colégio Olavo Bilac de Ibiporã, eu levava minha agenda pra escola, mas sempre com muito cuidado para não deixá-la dando sopa pra qualquer curioso!
Acontece que um dia acabei esquecendo-a embaixo da "carteira", quando saí para o "recreio"!

Quando me dei conta de tal inforúnio, ou seja, que me lembrei, voltei correndo para procurá-la, mas eis que alguém a teria "pego emprestado" para ler e rir das coisas que eu ecrevia no banheiro, ou na quadra do colégio, onde ficavam fumando os que se achavam os mais "descolados".
Meu coração disparou, e imaginei minha desgraça!
Durante alguns segundos eu desejei morrer, como se toda minha vida tivesse se esvaindo naquele momento pelas risadas e gargalhadas que quase podia escutar, tamanha era minha vergonha e consequentemente seguia para o amedrontamento, imaginando os apontamentos e gargalhadas que seriam sequenciais!
Imaginava em meus pensamentos: Quem poderia ter tido tamanha insanidade para cometer tal estupidez??
Eu ja me sentia a mais feia, espinhenta e magricela, antes mesmo do ocorrido. O acontecimento lastimável só veio completar meu fim!
Tudo o que eu pensava era que eu tinha sido descoberta, e meus pensamentos e desejos tinham sido desvendados... Poque alguém teria intenção de me ferir assim?
O que eu poderia ter aos 15, ou 16 anos, de tão interessante que alguém por incontrolável "curiosidade" de ler meus pensamentos se prestasse a tal desonrosa atitude?
Ou seria pura maldade? Uma livre e consciente vontade ou intenção de praticar maldade???
Me prejudicar pra quê? Me odiar porquê??? O que eu teria feito pra merecer esta brutalidade?

Ainda tenho muita mágoa ressentida daquele dia, e posso dizer que desde então, devida minha enorme fé em Deus, sempre entreguei essa pessoa aos braços de Jesus, liberando perdão à ela por tudo o que me proporcionou sentir naquele dia!

Não quero que este post de hoje pareça uma vigança, pois não é.

Se trata apenas de aproveitar uma oportunidade, para que se algum dia esta pessoa vir a ler meus pensamento novamente, relembrar daquele dia, para quem sabe refletir que sua "atitude" de tanto tempo atrás, que um dia tomou por "brincadeira", foi algo de extremo mal gosto, a qual espero sinceramente que se sinta envergonhada por tal ato. (Se é que ao longo desses 15 anos conseguiu angariar o mínimo de escrúpulos.)

Mateus 5-44: "Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos de Vosso Pai Celeste..."

03 dezembro, 2006

OLHAR AO INFINITO


A essência do meu viver é,
de repente, olhar para o céu e não ver estrelas e nem mesmo a lua.
Mas olhar além ...
Além do que os olhos podem ver.
Olhar o infinito, com olhos que transpassam minha alma.
É no silêncio da vida,
ouvir seus sorrisos, que ao longe, voam a mim,
É respirar a pétala desse sonho e sentir o aroma de sua pele.
É chamar, em vão seu nome ...
E sussurrar pelos muros da ilusão, que o amo, mesmo sabendo que você não ouvirá.
É estar no presente pensando em um futuro ao seu lado.
Mesmo que céus e terra digam que você não será nada mais que uma lágrima de saudade,
em um olhar ao infinito.


Nan (05/03/1992)

01 dezembro, 2006

"Balança-Cachão, balança você, dá um tapa na bunda e vai se esconder"



Hoje... Sexta-feira...
Não tem baile da Skol... Não tem Mikaiu's, nem La Boheme, Quermesse, ou Festa do Caminhoneiro...
Eu vou ficar na minha casa, juntando todas as minhas lembranças de quando era criança... Coisa que eu mais adoro!
Lembrar de subir nas árvores, e comer fruta "no pé", como uma legítima menina do "norrrrte do paraná"...
Minha terapeuta disse que tenho que "assassinar" a criança que existe em mim...
Mas porque eu faria uma estupidez dessa??? Só se eu fosse louca!
Eu quero ela sempre viva, e cada vez mais forte!
Tenho lembranças de quando era pequenininha e meu pai era meu fã... Ele me fotografava até fazendo careta!
Minha mãe era aquela que colocava brincos e me enfeitava pra ficar "bonitinha"...
Mas eu não era mesmo uma bonequinha?
Ahhhhhhhh......... Fala sério!
A gente teve uma infância onde tudo diferente. Nós brincávamos na rua de casa... De bola queimada, pega-pega, ou esconde-esconde... E de balança-cachão....
Lembra??!! Saudade desse tempinho!!
Nossas brincadeiras eram ao vivo e à cores, e os personagens eram nós mesmos, o que não acontece hoje com os jogos eletrônicos.
Não existia msn, nem Blogs, nem nada desse gênero.
Pra "brincar" com alguém você tinha que ir até a casa do seu amiguinho, ou no máximo telefonar convidando a presença da pessoa.
Não foi nessa época que conheci a Nan, mas foi graças a essa infância bem resolvida que me tornei uma adolescente visionária, cheia de expectativas...
Me lembro que até passar no vestibular eu tinha tudo no seu devido lugar.
Na faculdade, não "sobra" tempo pra se pensar nisso... E a gente vai vivendo... Como numa roda-gigante!
Mas mesmo assim, ainda é brincadeira!
Depois você cresce, e vê que ainda é mais criança do que pensa!
E ai?
Será que esta criança está escondida por trás das celulites??
hahaha
Dos cabelinhos brancos?
Por isso hoje ainda eu brinco de balança-cachão comigo mesma e tento me esconder pra me encontrar e depois rir de tudo o que vivi naquele momento!
Agradeço à Deus por este poder de me perder e depois me encontrar todos os dias, e espero que ele me ajude a manter viva assim como uma chama que não se apaga, essa criança que existe dentro do meu espírito!