Nancy já foi sinônimo de batata e manteiga de cacau!
Apelido é algo que sempre aparece, querendo o apelidado ou não, ah, e se não gostar, aí sim que pega e todo mundo chama só de sacanagem.
Acho que foi por isso que meus apelidos nunca duraram muito tempo, eu sempre gostei deles, daí o povo chamava, eu atendia e perdia a graça.
Bom, mas vamos parar de “lero-lero” e contar a todos quais foram os apelidos mais marcantes.
O primeiro que me lembro é de “baixinha”, bastante óbvio, nasceu em virtude de sempre ser uma das menores da sala, ainda tive namorados que me chamavam carinhosamente por ele, e eu, é claro, atendia.
Imaginem, sempre convivi com adultos, filha mais nova em uma casa com cinco irmãos, sendo que a irmã que vem logo antes de mim é 08 anos mais velha, então sempre estive rodeada de pessoas mais velhas, conversas mais adultas, isso foi bom e ruim ao mesmo tempo, pois acabei amadurecendo mais cedo, eu acho.
Bem, sendo assim, sempre gostei de ter amigos mais velhos, quando eu tinha meus 08, 09 anos me achava a mais adolescente de todas as adolescentes, pois minhas amigas tinham 14, 15 anos.
A amizade funcionava assim: como meu pai tinha carro na época e o pai dessas minhas amigas não tinha, então elas me permitiam participar das conversas delas, ouvir os segredos, saber dos amores, desde que quando meu pai chegasse, eu pedisse a ele para dar uma voltinha de carro conosco. Vocês acreditam?
Pois era assim.
Em uma ocasião, saí com elas para ir à Festa Junina Municipal, chagando lá, nos instalamos em uma barraca e pedimos 03 pratos de batatas fritas, porém antes mesmo que o quitute chegasse à mesa, elas saíram para encontrar alguns paqueras e claro que me deixaram plantada na mesa esperando as benditas batatas.
Elas só não contavam que eu era, ou melhor, sou apaixonada por batatas fritas dessas de festas, então quando elas chegaram, de mãozinhas dadas com seus amores, prontas para saborear o prato, viram que não havia mais nada, eu tinha ficado tanto tempo esperando que devorei, sozinha, três pratos de batata frita.
Adivinhem qual foi o apelido que me deram??????
Batatinha, é claro.
E esse me acompanhou até a minha adolescência e eu adorava.
Bem, outra episódio que me rendeu um “belo” apelido foi quando eu tinha 15 anos e estava ficando com um rapaz mais velho, ele deveria ter uns 23 na época, daí, eu toda empolgada, só falava nele, só pensava nele, era muito bom.
Ele me tratava bem, era carinhoso, diferente dos “pirralhos” da minha idade, eu adorava.
Certo dia combinamos de sair, me produzi toda e nessa idade eu adorava usar batom vermelho, mas beeeeeemmmmmmm vermelho, minha mãe dizia que a boca ficava parecendo um trenzinho e eu dizia que era batom “vem cá minha p........”, pois na maior ingenuidade, foi esse que eu passei para o encontro.
Saímos e nos beijamos muuuuuiiiiiitoooooo por esses escuros das ruas de Ibiporã, pois não ficávamos publicamente, porém após muito romance ele me deixa em um determinado lugar que eu não lembro qual foi, talvez na casa da Karol, sei lá, mas me deixou e foi para a Festa Junina (de novo a Festa Junina), chegando lá encontrou com um amigo nosso, que já desconfiava que nós ficávamos, mas quando eles foram conversar, esse nosso amigo observou que ele estava todo manchado de batom (vermelho) e lançou a pergunta: - O que aconteceu que sua boca está toda vermelha?
E recebeu a seguinte resposta do meu ficante: - Ah, estou com os lábios rachados e passei manteiga de cacau.
Nosso amigo não ficou convencido, mas ficou na dele, só que meu amado não contava que eu também daria uma passadinha pela festa, mas eu fui e para fazer graça fui conversar com eles, como se nada tivesse ocorrido entre nós, porém quando lá cheguei, toda manchada de batom também, mas sem saber, o nosso amigo vira para mim e me diz: - Oi, manteiguinha!
Na hora não entendi, mas fiquei na minha, só depois ele me contou da desculpa da manteiga de cacau, que caiu por água abaixo assim que eu cheguei toda borrada de batom, assim como ele.
Nossa, por muuito tempo escutei desse nosso amigo o apelido de “manteiguinha”.
Ah, fases boas da vida, que não voltam mais.
Se eu soubesse que passaria tão rapidamente, teria congelado um milhão de bons momentos para tirar do freezer sempre que tivesse saudade .......................
“Tudo passa, tudo passará
E até lá, vamos viver
Temos muitas coisas por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora” Renato Russo
1 Comments:
Olha eu acho que se pensar bem vai ver que ficou algum outro apelido perdido no meio do caminho...
Eu lembro da batatinha!!!
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