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Local: Paraná, Brazil

Somos duas amigas doidas que resolvemos criar um blog. Amigas desde a adolescência, separadas fisicamente, mas unidas pra sempre em nossas lembranças, emoções e agora virtualmente.

16 novembro, 2006

Deu pane na mulher ....


Ao ler o post “Eu quero te roubar pra mim.”, escrito pela Karol, fiquei pensando e tentando achar respostas para a pane que deu na mulher, quando começou a escrever no blog, e que não deu em mim.

Vieram-me várias alternativas, das quais citarei algumas:

O hábito de escrever vem me acompanhando desde a adolescência, escrevo quando estou alegre, mas muito mais quando estou triste, coloco, literalmente, a angústia para fora.
Escrever é meu jeito de limpar a alma, transpor a solidão, disssimular a dor.

Guardei todas as minhas agendas, projetos de poesias, de livros que achava que um dia iria publicar, enfim, fui juntando quinquilharias ao longo da minha vida.

Passei a vida escrevendo e lendo o que eu escrevia, então faz uns 17 anos que escrevo e leio, para relembrar os acontecimentos, sentimentos e outros “entos” que vivi por aí.

Sendo assim, criar um blog para contar as peripécias da adolescência foi simplesmente digitalizar coisas que já estavam escritas, melhorar outras ....

As lembranças, que transcrevo neste mundo virtual, vêm me rondando, como fantasmas do passado, desde sempre.

Tenho este defeito, ser apegada ao passado, talvez por isso essas recordações não me confundam, não me afetem tanto.

A outra teoria está ligada a crença no MAKTUB (tudo está escrito). Como acredito que tudo já está escrito e que viemos a este mundo apenas representar um papel, é mais fácil aceitar e se conformar com o que tenho.

Até acho que acreditar em destino ou Maktub, como queiram, seja uma fuga, pois não tendo como explicar determinados acontecimentos, acabo colocando a culpa no livro da vida.

Isso pode soar estranho para alguns ou cômodo demais para outros, mas é o meu jeito de encarar o desconhecido, de enfrentar a dor que nos assombra.

Ah, e eu não sou a mesma, como disse a Karol. Sou muito diferente do que fui e completamente contrária a quem desejei ser.

Tenho muitos apelos adolescentes, serei uma eterna adolescente, talvez por isso tenha escolhido dar aula para jovens, para estar perto deles e me sentir um pouco como eles.

Quem me dera fosse a mesma de 17 anos atrás ......

“Lembro tudo o que se foi e o que não existe mais .....” (Renato Russo – para variar)